Meia Amazônia Não

Meia Amazônia Não
50% da Amazônia é quase zero, quero a Amazônia por inteiro.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Além do Horizonte [ Composição: Roberto Carlos / Erasmo Carlos ]

Além do horizonte deve ter

Algum lugar bonito pra viver em paz

Onde eu possa encontrar a natureza

Alegria e felicidade com certeza

Lá nesse lugar o amanhecer é lindo

Com flores festejando mais um dia que vem vindo

Onde a gente pode se deitar no campo

Se amar na relva escutando o canto dos pássaros

Aproveitar a tarde sem pensar na vida

Andar despreocupado sem saber a hora de voltar

Bronzear o corpo todo sem censura

Gozar a liberdade de uma vida sem frescura

Por que você vem comigo é que isso existe lá

No horizonte esperando por nós dois

Mas se você não vem comigo nada disso tem valor

De que vale o paraíso sem amor

Além do horizonte existe um lugar

Bonito e tranqüiloPra gente se amar

Por que você vem comigo tudo isso existe lá

No horizonte esperando por nós dois

Mas se você não vem comigo nada disso tem valor

De que vale o paraíso sem amor

Além do horizonte existe um lugarBonito e tranqüilo

Pra gente se amar

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

meiaamazônianão

QUEREMOS A AMAZÔNIA POR INTEIRO.

Passou no Senado e tramita agora na Câmara dos Depultados um projeto de lei que, se aprovado, será um golpe mortal para as florestas brasileiras e, em especial a floresta amazônica. Originalmente de autoria do senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), e modificado pela comissão de agricultura do congresso, o PL 6424/2005, autoriza a derruabada de até 50% da vegetação nativa em propriedades privadas na Amazônia. De quebra, legaliza praticamente todos os desmatamentos que, nos últimos 40 anos, derrubaram cerca de 700 mil quilômetros quadrados da área original da floresta - o equivalente a quase três estados de São Paulo. O projeto também desobriga os responsáveis pelos desmatamentos de recuperarem o que derrubaram, permitindo que um desmatamento realizado no Pará, por exemplo, seja compensado com o plantio de árvores no Rio de Janeiro. Em resumo, o projeto condena vastas regiões do Brasil a serem livres de floresta, o que levou a ficar conhecido como "Projeto Floresta Zero".
Os ruralistas defendem a sua proposta alegando que o projeto incentivará a adesão dos fazendeiros à legislação ambiental e garantirá a sobrevivência de metade da biodiversidade amazônica. A primeira promessa, levando-se em conta o passado da atividade rural da região, é uma dúvida. A segunda é ilusão. Na Amazônia, 50% é igual a zero.
Com base nas taxas anuais de destruição de floresta, estima-se que, em duas décadas, 31% dela estarão derrubados, outros 24% degradados e a Amazônia prevista para virar uma savana até o final desse século. O floresta zero é um sinal verde para as motosserras e correntões acelerarem esse processo. Junto com ela, desaparecerá a riquíssima biodiversidade da floresta (ainda não totalmente conhecida pela ciência) e as culturas locais, além de impactar vários povos indígenas e populações tradicionais.
A floresta Amazônia é um recurso natural estratégico para o combate ao aquecimento global. A grande seca de 2005, que enxugou até o rio Amazonas, e ausências localizadas de chuvas, como a ocorreu no norte do Mato Grosso em 2007, são claros sinais de alerta dos efeitos dos desmatamentos. À medida que a floresta encolhe, diminui a chuva e a sua capacidade de reter água, condenando a mata a ficar cada vez mais seca e, assim, vulnerável ao calor e ao fogo.
Destruir a Amazônia pode reduzir a produtividade agrícola brasileira, provocando um grande impacto econômico e social no país. A chuva que é produzida na Amazônia é importante não apenas para a região. Ela ajuda na geração de energia, na produção de alimentos e no abastecimento de água no centro, sul e sudeste brasileiro. O desmatamento não traz desenvolvimento econômico ou melhoria na qualidade de vida da população local. Municípios com altas taxas de desmatamento na Amazônia, onde a criação de gado dominia o uso de terra, têm índices de desenvolvimento humano abaixo da média regional e nacional.
Ao invés de aumentar a proteção do meio ambiente e estabelecer metas para a redução do desmatamento, o Congresso Nacional estará dando as costas para a Amazônia e abrindo as portas para mais destruição, agravando uma situação que já coloca o Brasil na incômoda posição de quarto maior poluidor de clima do planeta.
A sociedade brasileira exige um ponto final no desmatamento em todas florestas tropicais do planeta, em especial a Amazônia. Não dê as costas para a Amazônia. Acesse o site www.meiaamazonianao.org.br e diga aos depultados e senadores que 50 é igual a zero e você quer uma amazônia por inteiro. Participe deste movimento.

domingo, 25 de maio de 2008

"LIXO"

Encontram-se na área de serviço. Cada um com seu pacote de lixo. É a primeira vez que se falam.

- Bom dia...
- Bom dia.
- A senhora é do 610.
- E o senhor é do 612.
- É.
- Eu ainda não lhe conhecia pessoalmente...
- Pois é...
- Desculpe a minha indiscrição, mas tenho visto o seu lixo...
- O meu quê?
- O seu lixo.
- Ah...
- Reparei que nunca é muito. Sua família deve se pequena...
- Na verdade sou só eu.
- Mmmmm. Notei também que o senhor usa muita comida em lata.
- É que eu tenho que fazer minha própria comida. E como não sei cozinhar...
- Entendo.
- A senhora também...
- Me chame de você
- Você também perdoe a minha indiscrição, mas também tenho visto alguns restos de comida em seu lixo, champignons, coisas assim...
- É que eu gosto muito de cozinhar. Fazer pratos diferentes. Mas, como moro sozinha, às vezes sobra...
- A senhora... Você não tem família.
- Tenho , mas não aqui.
- No Espírito Santo.
- Como é que você sabe?
- Vejo uns envelopes no seu lixo. Do Espírito santo.
- É. Mamãe escreve todas as semanas.
- Ela é professora?
- Isso é incrível? Como foi que você adivinhou?
- Pela letra no envelope. Achei que fosse letra de professora.
- O senhor não recebe muitas cartas. A julgar pelo seu lixo.
- Pois é...
-No outro dia tinha um envelope de telegrama amassado.
- É.
-Más notícias?
-Meu pai. Morreu.
-Sinto muito.
-Ele já estava bem velhinho. Lá no sul. Há tempos não nos víamos.
-Foi por isso que você começou a fumar?
-Como é que você sabe?
-De um dia para o outro começaram a aparecera catreiras de cigarros amassadas no seu lixo.
-É verdade. Mas consegui parar outra vez.
-Eu, nunca fumei.
-Eu sei. Mas tenho visto uns vidrinhos de comprimidos no seu lixo...
-Tranqüilizantes. foi uma fase. Já passou.
-Você brigou com o namorado, certo?
-Isso você também descobriu no lixo?
-Primeiro o buquê de flores, com o cartãozinho, jogado fora. Depois, muito lenço de papel.
-É, chorei bastante, mas já passou.
-Mas hoje ainda têm uns lencinhos...
-É que estou comum pouco de coriza.
-Ah.
-Vejo muitas revistas de palavras cruzadas no seu lixo.
-É. Sim. Bem. Eu fico muito em casa. Não saio muito. Sabe como é.
-Namorada?
-Não.
-Mas há uns dias tinha uma fotografia de mulher no seu lixo. Até bonitinha.
-Eu estava limpando umas gavetas. Coisa antiga.
-Você não rasgou a fotografia. Isso significa que, no fundo, você quer que ela volte.
-Você já está analizando o meu lixo!
-Não posso negar que o seu lixo me interessou.
-Engraçado. Quando examinei o seu lixo, decidi que gostaria de conhecê-la. Acho que foi a posia.
- Não! Você viu meus poemas?
- Vi e gostei muito.
- Mas são muito ruins!
- Se você achasse eles ruins mesmo, teria rasgado. eles só estavam dobrados.
- Se eu soubese que você ia ler...
- Só não fiquei com eles porque, afinal, estaria roubando. Se bem que, não sei: o lixo da pessoa ainda é propriedade dela?
- Acho que não. Lixo é domínio público.
- Você tem razão. Através do lixo, o particular se torna público. O que sobra da nossa vida privada se integra com a sobra da vida dos outros. O lixo é comunitário. É a nossa parte mais social. Será isso?
- Bom, aí você está indo longe demais no lixo. Acho que...
- Ontem no seu lixo...
- O quê?
- Me enganei, ou éram cascas de camarão?
- Acertou. Comprei alguns camarões graúdos e descasquei.
- Eu adoro camarão.
- Descasquei, mas ainda não comi. Quem sabe a gente pode...
- Jantar juntos?
- É.
- Não quero dar trabalho.
- Trabalho nenhum.
- Vai sujar a sua cozinha.
- Nada. Num instante se limpa tudo e põe os restos fora.
- No seu lixo ou no meu?

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Eu Gosto de Gente

Eu gosto de gente que canta alto sem perceber quando está com fones de ouvido. E na rua. Eu gosto de gente que sorri para grávidas. Eu gosto de gente que derruba coisas. Eu gosto de gente que ri das minhas piadas.

Eu gosto de gente que gosta de cozinhar. Eu gosto de gente que para no meio da rua para cheirar uma flor que se debruçou sobre algum muro. Eu gosto de gente que dá uma ajeitadinha no cabelo no espelho do elevador ou no reflexo dos vidros dos carros parados – e disfarça.

Eu gosto de gente que tem teorias. Pode ser sobre qualquer coisa, não faço muita questão. Eu gosto de gente que usa gírias ou expressões totalmente deslocadas.

Eu gosto de gente com senso de humor suficiente para ver um conhecido na parada de ônibus e, em vez de gritar “ô, fulano!”, correr para alcançar silenciosamente o amigo e andar a seu lado quietinho até o coitado tomar um susto, do tipo “oh, é você!”.

Eu gosto de gente que conta histórias nas quais elas *não* se dão bem no final. Eu gosto de gente que nasceu extasiada, e das gente quietas também, cada um tem o seu brilho.

Eu gosto de gente que anda olhando para trás e acaba batendo no vidro. De gente que fala cantado. De gente que diz o que a gente não espera. De gente que ouve músicas muito diferentes umas das outras. De gente que usa camisa dos de ídolos. De gente com sotaque, de qualquer lugar.

Eu gosto de gente que observa em silêncio e ri alto. Eu gosto de gente que olha para o céu quando passa um avião. Eu gosto de gente que se maravilha. Eu gosto de gente que faz comida para mim.

Eu gosto de gente que brinca com os bebês. Eu gosto de gente que escreve em mais de uma língua na mesma frase, misturando os termos. Eu gosto de gente que senta em uma mesa de bar e bebe comigo, COCA-COLA.

Eu gosto de Gente.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Eu Quero Viver Mais uns Cem Anos

Muitas vezes eu paro para pensar o porquê eu quero viver mais uns cem anos, mas nunca veio a minha cabeça a resposta dessa pergunta e afirmativa intrigante. Em meu Orkut tem essa frase, no meu caderno tem essa frase, e em minha cabeça essa frase grita, e de vez em quando ela me tira o sono. Parei para escrever e tentar desvendar isso desse jeito, escrever, escrever até sair o motivo, vou tentar. Eu acho que em minha opinião (só pode ser a minha opinião) eu quero viver mais uns cem anos por que eu gosto de viver, eu gosto de sorrir bastante da vida, ou seja, “GOZAR” DA VIDA, mas isso é muito supérfluo, todo mundo que eu conheço e imagino os que eu não conheço também, gostam de viver e de gozar da vida e nem por isso querem viver tanto tempo quanto eu. Será que eu tenho um problema sério? Acho que não né? Por que se fosse de problemas sérios o mundo tava cheio de pessoas mais que velhas. Nossa eu poderia agora estar no Google procurando alguma coisa do tipo: - eu quero viver mais uns cem anos. Mas por que eu não to lá? Hum, eu sei qual é o meu problema, eu quero saber de tudo o que se passa em meus sentimentos, entendê-los nos mínimos detalhes, entender uma coisa que a gente só aprende na pratica e não procurando significas em um Aurélio ou em um senhor Google, e nem em um Diego Rafael.
Vou tentar olhar dentro de mim, o cru da realidade dos sentimentos, vê os batimentos do coração, ver como é a sensação do que é rir por dentro (todo mundo me fala isso), ver um mundo num ângulo diferente de dentro para fora, esquecer da razão.
Já sei, não vou tentar desvendar o meu futuro, não sou mãe de ná, nem mãe oxalá, nem Deus para saber o que vai acontecer e nem muitos menos saber o que eu vou viver daqui há mais uns cem anos. Agora, eu vou viver despreparada para as presepadas da vida, e digo mais, eu sei que eu vou vencê-las a cada jornada e quando eu chegar daqui há mais uns cem anos e vou contar a minha história e dizer: - EU VIVI MAIS UNS CEM ANOS.